Americanos dominam primeira parte da prova, mas homem mais rápido do mundo dispara, leva país novamente ao topo e supera conquistas de Lewis
Como ter a exata noção de uma lenda? Quando Usain Bolt, espremido por rivais nas raias ao lado, dispara como se estivesse sozinho, a visão se torna clara. Por ora, não há quem o pare. Quieto, com a mão esticada, o jamaicano recebeu o bastão de Nickel Ashmeade e correu. Se o ouro parecia distante ali, o Raio deixou tudo simples. Como se fosse fácil, voltou a deixar todos para trás e garantiu a vitória para o revezamento 4x100m de seu país. É a terceira conquista do astro em Moscou, o que lhe dá o posto de maior nome do atletismo de todos os tempos em números. No total, são dez medalhas, sendo oito douradas e duas prateadas. Deixou para trás ninguém menos que Carl Lewis, seu desafeto declarado, com o mesmo somatório, mas com um bronze no lugar de uma das pratas. Mas Bolt nem parece se importar com currículo. No ato final de uma passagem apoteótica pela Rússia, homenageou a torcida com a dança tradicional da casa, ainda que pensasse ser um ritmo escocês. Fez graça, como de costume, e agradeceu.
- Estou muito satisfeito hoje. A energia de estar aqui é ótima. Obrigado, Moscou!
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